Recordo, tardes a fio passadas, com ou sem motivo. "E hoje porque não ficaste em casa?" "Agrada-me a companhia."
Sei que fazia o que fosse preciso para ficar, das 3 até à hora que fosse, até que algo me arrastasse para casa.
Tenho agarradas à memória as tardes quentes passadas na conversa (mesmo que a entender pouco do que se falava), ou encostados a sincronizar respirações em conversas mudas.
"Já estou farto de ti." "E eu de aqui estar." Quando os olhos denunciam que são só mentiras, que no nosso espaço tudo é bom e infinito, que juntos até O Muro podemos saltar.
Recordo os abraços que denunciam os sentimentos. "Contigo estou em casa." Posso contar as nódoas negras que fiz lá, sei que são menos que todos os sorrisos e laços.
"Amanhã eu volto. Entre as 3 e as 3.15, ok?" Até ao dia em que já ninguém voltou. E vou negar que me importo com isso até que liguem o meu coração a um polígrafo.
domingo, 12 de outubro de 2008
Memória Descritica.
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