quinta-feira, 27 de novembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

No cow left behind!

Cowabungaaaaaaa!

Duas espécies em vias de extinção.

Católicos e comunistas coerentes.

domingo, 23 de novembro de 2008

Se a minha vida fosse um filme...

Neste momento, eu fazia um freeze-framing, saía, fechava-me a ver séries e a escrever, e voltava daqui uma semana.

E tudo estaria a mesma porcaria.

sábado, 22 de novembro de 2008

Adeus.


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mão à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
e eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os meus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Poesia de Eugénio de Andrade, fotografia e edição da mesma de minha autoria.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

As pessoas que eu detesto.

Aviso: Este post tem efeitos terapêuticos da minha pessoa, mas provavelmente de revolta nos leitores.

Nota Explicativa: Sem dar nomes (parecendo que não, ja tenho antipatizantes que cheguem), vou dedicar um parágrafo a uma pessoa pela qual tenho particular antipatia, ou mesmo por um conjunto de pessoas. Fiquem para ver.

Nem tudo "É INCRÍVEL!", nem tudo vale a pena que se gesticule imenso, e eu sei (em geral as pessoas sabem) que não se suicidam pessoas nas linhas de comboio todos os dias.
Costuma-se deixar de falar "axim" aos 2 anos, e de fazer perguntas muito obvias aos 6. Quando estamos num curso superior e isso acontece, é, vá, chato.
Só porque se pode levar bicicletas para o metro, não quer dizer que se tem de o fazer. Em hora de ponta, não mesmo. É que não. E também não se vai para autocarros a cheirar mal. Questão de ética.
Há uma diferença entre fotocopiadoras e trituradores de papel, o papel não morre se for dobrado um pouco, é flexível. Nem todos temos que partilhar a vida sexual com toda a gente. Particularmente, a mim, não me interessa a de toda a gente.
"O bello" não é um colete castanho com pêlo. "O bello" também não é chumbar pessoas, digo eu... Por favor?
Dizer mal das pessoas tem muita piada, e mais piada tem se depois pela frente formos mesmo simpáticos. Mas há uma coisa, as pessoas não são assim tão idiotas, e há outra, não temos que fingir que gostamos todos de toda a gente. Eu, por exemplo, simplesmente detesto algumas pessoas.
Parasitar é uma belíssima modalidade, principalmente quando exercida com mestria. Copiar o almoço do hospedeiro já é, vá, demais.

Nota de roda-pé: Se se sentiu de alguma forma excluido da lista dos meus detestares, não fique triste. Pois aqui não constam todos. Alguns não têm interesse suficiente, outros não foram postos aqui por conveniência, ou então ambos.
Outra nota de roda-pé: Este post está sujeito a ampliações.

domingo, 16 de novembro de 2008

"Um arranha-céus arranha menos os céus que uma palavra tua."

The Wafers - Lying

Give me your hand
I'm handy
Give me your arm
I'm harmless
Show me your love
I'm lovely
And show me the rest
I' restless

(Chorus)
Baby, I love you
It's useless
useless, useless

Just be yourself
I'm selfish
You're far away
I'm waiting
You're really something
I'm thinking
Teach me to fly
I'm lying

(Chorus)

P.S. - Só falta mesmo o toque lame "Tu sabes quem és". Yay.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Say what? Who rocks?

"PS: se quer perceber por que razão a crise financeira é de natureza humana, não precisa de ler o blogue do Nobel Krugman ou recuperar o velho "Economia" do Samuelson. Vá ao teatro, ao São João, no Porto, ver "O Mercador de Veneza". Está lá mais sobre moralidade e capitalismo, sobre contratos e tribunais do que um texto com 400 anos faria crer. "Se nos apunhalam, por acaso não sangramos? Se nos fazem cócegas, não rimos? Se nos envenenam, não morremos? E se nos injuriam, não nos vingamos?"."

Lavem a boca os senhores que desprezam, ou mesmo negligenciam o valor das Artes.
Esta citação é retirada do Jornal de Negócios de um artigo de opinião do Pedro Santos Guerreiro (que deve ser conhecido e importante no meio dos economy freaks, e em casa dele à hora de almoço).
É sempre bom ver valor reconhecido pelos do outro lado. Obrigada Senhor economista. Um beijo na testa para si, o Ricardo Pais agradece a preferencia.

Artigo completo neste link amoroso que provavelmente ninguém vai consultar: http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS_OPINION&id=340376

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

I have a dream.

Que os Estados Unidos decidam invadir Portugal.
Eu sei que o nacionalismo faz com que isso pareça feio.
Mas vejam as coisas pelo lado positivo. Era a nossa oportunidade de sermos governados por alguém com cérebro.
E não venham com aquelas coisas hostis de submarinos e mais não sei o quê.
O mundo precisa de boa vontade.
Tirem as bandeiras nacionais e ponham em cada janela uma faixa a dizer "Obama we Love you".
E quando eles estiverem a entrar por aí com os tanques. não haverá sinais vermelhos para ele, gritem apenas "Yes, We Can!".

Assumir posições.

Este blog encontra-se radiante, histérico de alegria pela vitória de Obama.
E na onda aproveita para dizer à Palin que temos pena, em 2012 há mais. Na verdade não temos assim muita pena.

domingo, 2 de novembro de 2008

Continuamos fechados para balanço.

...mas não fiquem tristes, amiguinhos! Pensem em mim como um Ferrero Rocher, só há em certas alturas do ano. Muy fino.
Entretanto deixo-vos uma musiquita fofa.
On the Radio - Regina Spektor

This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath

No, this is how it works
You peer inside yourself
You take the things you like
And try to love the things you took
And then you take that love you made
And stick it into some
Someone else's heart
Pumping someone else's blood
And walking arm in arm
You hope it don't get harmed
But even if it does
You'll just do it all again